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Psicólogo com deficiência visual da Comurg desafia limites e inspira pacientes

No Dia Internacional  da Pessoa com Deficiência, celebrado neste domingo (3/12), Comurg destaca a história de vida do gari Fábio Rodriguez que se tornou psicólogo com pós-graduação na área familiar

Psicólogo com deficiência visual da Comurg desafia limites e inspira pacientes

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A vida não foi fácil para Fábio Rodrigues de Sousa, de 41 anos, que nasceu com uma doença rara, o que ocasionou a perda da visão ainda bebê. O gari superou os desafios e os limites da cegueira, se formou em psicologia e atualmente atende cerca de 120 pacientes por mês na Companhia de Urbanização (Comurg).

Como toda criança, enfrentou desafios e um longo processo de adequação às limitações da deficiência. Já adulto, passou em concurso público em 2008 e começou a trabalhar na coleta seletiva de Goiânia. “Não foi fácil, até mesmo os meus colegas garis não entendiam muito bem a situação de ter um colega cego trabalhando em uma profissão que exige principalmente os olhos, né?”, explica.

A vida universitária também foi um desafio, com pouca acessibilidade arquitetônica e principalmente atitudinais. Após formado em 2017, surgiu a oportunidade de começar a atender pacientes em consultório da Comurg. Já são seis anos de profissão como mediador de conflitos pessoais e interpessoais para melhorar a saúde mental das pessoas. 

A agenda do doutor é lotada, com 30 atendimentos por semana, sendo seis por dia. “Lembro como se fosse hoje da minha primeira paciente. Deu um frio na barriga, mas eu estava muito confiante e determinado na minha profissão de psicólogo, mesmo com as limitações que a vida me proporcionou”.

Fábio conta que a prática de psicólogo já é um desafio por si só, no caso dele, a deficiência visual implica ainda mais cuidado com os pacientes. Ele explica que pessoas cegas concentram uso de outros sentidos, como tato, audição, olfato e paladar, os quais auxiliam na assimilação de informações procedentes dos estímulos externos.

“A percepção, análise e compreensão do ambiente são mais apuradas. Por exemplo, há casos em que é preciso observar os sinais do corpo de um paciente. O cego tem que perceber as nuances da voz do paciente, pois pela onda sonora conseguimos identificar emoções”, explica o doutor, que diz viver um bom momento em sua carreira.

Fotos: Luciano Magalhães/ Comurg

Fonte:Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) – Prefeitura de Goiânia

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