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70 anos de Goianésia

A cidade se firma cada vez mais como fortaleza do agronegócio goiano. Os deputados Renato de Castro e José Machado representam a Princesa do Vale do São Patrício na Assembleia Legislativa de Goiás.

A Princesa do Vale do São Patrício completou 70 anos de emancipação política, no último sábado, 24, com a vitalidade e o vigor de uma jovem em pleno florescer. A cidade, que já nasceu com vocação para o agro, continua tendo na atividade sua principal fonte de renda e de desenvolvimento. Na Assembleia Legislativa, os dois representantes do município têm projetos que podem incrementar ainda mais o crescimento da cidade.

Goianésia é uma simpática cidade da mesorregião Central do estado, localizada a 170 quilômetros da capital, Goiânia. Com seus 71 mil habitantes, distribuídos em 56 bairros, Goianésia mescla aspectos de uma cidade grande, desenvolvida, com um comércio forte e serviços diversificados a uma certa calmaria própria de cidades do interior. E essa mistura, que parece ser no ponto certo, proporciona uma excelente qualidade de vida aos moradores.

A cidade está completando 70 anos de emancipação política, mas sua história se inicia um pouco antes, ainda século 19. Os primeiros registros dão conta que, em 23 de dezembro de 1857, o fazendeiro Antônio Manoel de Barros requereu, na Paróquia de Nossa Senhora da Penha de Jaraguá, o registro de uma das terras situadas naquele município, numa certa região, conhecida por Calção de Couro, por causa do córrego de mesmo nome, que passa por ali. Aquele local, onde Goianésia se formaria, começava a ser desbravado.

Aqui cabe um parêntese para explicar o curioso nome do manancial. Diz uma lenda que, em um tempo bem anterior a esse, dois homens acamparam à beira do córrego. Um deles teria saído para conhecer a região e deixado o companheiro por ali nas proximidades da margem. Ao voltar ao local, o homem teria encontrado apenas o calção de couro do azarado colega, que fora devorado por uma onça. A partir daí aquela região passou a ser conhecida assim.

Se a história é verdadeira, não sabemos, mas o fato é que o córrego recebeu essa denominação, assim como o povoado, que começou a se formar nas primeiras décadas do século passado.

Anos mais tarde, Laurentino Martins Rodrigues, que havia comprado uma grande fazenda na região, se mudou para a propriedade e ergueu um cruzeiro às margens do córrego Calção de Couro, dando início oficial ao povoado.

No ano de 1948, o povoado foi levado à condição de distrito. Já com o nome de Goianésia, jurisdicionado ao município de Jaraguá. Nessa época, a produção agrícola do distrito já era bem expressiva, com destaque para as lavouras de café.

Essa pujança econômica acabou influenciando nos rumos da política no município. E em 24 de junho de 1953, por força da lei estadual nº 747, o distrito teve sua emancipação política, tendo sido desmembrado de Jaraguá e elevado à categoria de município.

Dos primeiros tempos de autonomia político-administrativa até os dias de hoje, Goianésia se transformou. Nos anos seguintes à emancipação, a cidade passou por um curto período de estagnação, por causa da queda na cafeicultura, o que provocou um êxodo populacional. Mas nada duradouro.

Segundo o especialista em economia Luiz Carlos Ongaratto, a partir dos anos 1980, com a abertura de uma usina de álcool e açúcar no município, a economia local deu um salto. A cana-de açúcar passou a ser a principal cultura na região, permanecendo até os dias de hoje, como responsável por grande parte da produção agrícola do município.

Mas, de acordo com o especialista, ao longo dos anos, outras culturas também tiveram crescimento considerável, como a produção de grãos, em especial a soja, e a pecuária, tanto leiteira, quanto de corte, consolidando a vocação de Goianésia para o agronegócio.

Além de forte, o agro, no município, é tech. Ongaratto relata que os produtores têm investido em tecnologia, o que vem resultando em uma maior produtividade ano após ano. “A gente tem aí, a parte de melhoramento genético, então a gente tem uma questão tecnológica muito aplicada dentro do agronegócio, que é de alta produtividade. O agronegócio é uma referência, seja em tecnologia, seja em produtividade”, pontua.

Mas nem só de tecnologia para aumentar a produtividade vive o agronegócio de Goianésia. A sustentabilidade também é um tema cada vez mais presente nas empresas do setor no município. Um bom exemplo vem da indústria de açúcar e álcool, que, desde o início dos anos 2000, produz energia a partir do bagaço (biomassa) da cana-de-açúcar.

A energia produzida nas usinas é distribuída na rede, diminuindo, assim, a pressão pelo serviço, em um município que tem alta demanda, em função do processo de crescimento. “Além disso, uma das usinas do município, é pioneira no cultivo de cana orgânica e é a maior exportadora mundial de açúcar orgânico. Isso ajuda a criar uma cultura da preservação”, afirma o profissional.  

Além de movimentar toda uma cadeia de fornecimento de insumos e outros produtos, responsável pela geração de cerca de 4 mil empregos diretos, o agronegócio transborda e impulsiona diversas outras atividades no município.

O setor de serviços é um dos que mais sentem o reflexo da produção agropecuária e agroindustrial. Restaurantes, lanchonetes, bares, escritórios de contabilidade, empresas de consultoria e de representação e mais uma infinidade de empresas existem e sobrevivem indiretamente do agronegócio. “Fora a questão da própria movimentação do serviço de turismo empresarial que se tem. Então você tem uma atratividade de pessoas de fora, vindas de outras regiões para fazer negócio em Goianésia”, diz  o especialista.

Toda essa movimentação resulta em crescimento com qualidade de vida para a população. Hoje, de acordo com dados do Instituto Mauro Borges relativos à 2020, Goianésia está entre os 20 municípios com maior Produto Interno Bruto (PIB) no estado, com participação de quase 1% na economia goiana, além de apresentar também um alto PIB per capita.

Representatividade no Legislativo

Goianésia é uma cidade com tradição em eleger representantes para a Assembleia Legislativa de Goiás. Em 2022, a população do município e região foi além, elegendo dois deputados estaduais: Renato de Castro, do União Brasil (UB), e José Machado (PSBD).

Renato de Castro é filho de Goianésia, bisneto do fundador da cidade, Laurentino Martins Rodrigues. É economista por formação, agropecuarista e empresário do agronegócio. Casado com Igara Borges de Castro e pai da pequena Siena, nascida no último dia 9 de junho. Herdou a vocação política da família, inclusive, seu pai, Manoel Castro de Arantes, foi o mais jovem vereador eleito em Goianésia.

O deputado iniciou a carreira política em 2008, quando foi eleito vice-prefeito na chapa de Gilberto Naves. Em julho de 2010, Naves se licenciou da prefeitura e, por 30 dias, Renato de Castro esteve à frente da Executivo Municipal como interino. Já em 2012, ao fim do mandato, Gilberto Naves renunciou ao cargo para que o vice assumisse a gestão municipal até a conclusão do exercício. Castro ficou, então, 47 dias como prefeito titular.

Em 2014, foi eleito deputado estadual pela primeira vez e em 2016 se elegeu prefeito da cidade. No fim daquele ano renunciou ao Legislativo para assumir a Prefeitura. Em 2022, se elegeu novamente deputado estadual, com mais de 35 mil votos. Atualmente preside a Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento (CTFO).

Castro acredita que o desenvolvimento econômico é a melhor forma de se atingir o bem-estar social dos goianos. E assim tem pautado sua atuação no sentido de contribuir com a gestão do governo do Estado e a aprovação de projetos que venham promover esse desenvolvimento.

Quando o assunto é sua cidade natal, o deputado é só gratidão e a certeza de que os próximos tempos serão ainda melhores. “Para o futuro, o desejo é de uma cidade que seja referência para todo estado em geração de emprego e renda, e que também seja o celeiro de novas ideias que ensinarão a todo país matérias como educação, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. Além de expandir-se como uma cidade que atrairá investidores dos mais variados tipos de indústrias e empresas”.

José Machado também nasceu no município de Goianésia, no distrito de Jucelândia. Saiu da cidade, morou em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Formou-se em medicina e se especializou em ortopedia. Em 2014 retornou à Goianésia, com o propósito de fazer da cidade seu domicílio definitivo. É casado com Annalice Ribeiro Centurion Machado e pai de três filhos: Bruna Carolina, José Otávio e José Pedro.

No exercício da presidência da Associação Médica de Goianésia começou a se interessar por política. “Escolhi esse caminho porque acredito que, por meio da política, posso ter um impacto ainda maior na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na promoção de um sistema de saúde mais eficiente e acessível para todos. A política é uma ferramenta poderosa para criar mudanças significativas na sociedade, e eu quis usar essa oportunidade para fazer a diferença na minha cidade”, explica.

Foi eleito deputado estadual, pela primeira vez, em 2022, com 22.928 votos. Sua atuação na Assembleia Legislativa tem sido na direção de construir projetos para a cidade que representa, relacionados à melhoria do sistema de saúde da cidade, com a ampliação de serviços especializados, a ativação do Credec, a implantação de UTIs, a criação de programas de prevenção e a valorização dos trabalhadores. Além disso, projetos voltados para o desenvolvimento social, como a promoção de políticas de inclusão e o fomento ao empreendedorismo local, visando gerar empregos e estimular a economia da região.

Machado acredita muito no potencial de desenvolvimento da cidade natal, mas entende que o crescimento deve ser acompanhado por uma gestão responsável e sustentável, garantindo o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente e, principalmente, pensando sempre na melhoria da qualidade de vida de seu povo.

“Vejo Goianésia como um município com muitas potencialidades. Sua localização estratégica, infraestrutura desenvolvida, empresariado de reconhecimento internacional e recursos naturais abundantes são alguns dos pontos fortes da cidade. Além disso, a comunidade é acolhedora e tem um forte senso de identidade e pertencimento. Nessa data especial, gostaria de deixar uma mensagem de gratidão e esperança à população de Goianésia. Vamos continuar trabalhando incansavelmente para superar desafios, promover o desenvolvimento e proporcionar uma qualidade de vida digna para todos. Que a união, a solidariedade e o amor por nossa cidade sejam os pilares que nos conduzam rumo a um futuro próspero e brilhante. Parabéns, Goianésia”, saúda o deputado.

O especialista Luiz Ongaratto, baseado em números, também acredita em um futuro de muito desenvolvimento para Goianésia. E, para ele, muito desse “futuro” já está acontecendo. Ele atesta que o município tem recebido muitos investimentos privados, principalmente no comércio, no setor de serviços, também na indústria, como um todo.

Virou um polo universitário também, diz. “Acho que isso é importante, porque quando a gente observa que tem faculdade de medicina, tem universidade aqui na região e as pessoas não precisam mais sair daqui para estudar, você tem uma massa de pessoas sendo capacitadas localmente. E isso é muito positivo, porque além de ter o agronegócio, ele vai valorizar a mão de obra local. Então a gente percebe que tem um futuro muito próspero para o município. Também estão surgindo novos condomínios, bairros, vai ter uma onda de verticalização, que já está acontecendo. Se comparar como era Goianésia há dez anos e hoje, percebe-se nitidamente a diferença. Então toda essa movimentação causada pela tecnologia, pelo agronegócio, tem transformado a vida de muita gente nesse município. E vai continuar transformando”, finaliza Ongaratto.

Fonte: Assembleia de Notícias

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