As histórias contadas em Tamarindos, por Pablo Mathias, vencedor da Bolsa Hugo de Carvalho Ramos.
De maneira excepcional, aBolsa Hugo de Carvalho Ramos concedeu o prêmio de melhor livro de prosa e a menção honrosa a um mesmo escritor, em 2021. Ele é Pablo Mathias, autor do livro Tamarindos, que será lançado em 13 de abril, em Goiânia.
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Ficcionais, mas familiares. Atravessadas pela morte, as histórias contadas em Tamarindos, de Pablo Mathias, têm como base as estruturas do patriarcado espelhadas nas relações afetivas e na constituição da família brasileira. Publicado pela negalilu editora, em segunda edição, o livro é vencedor da Bolsa Hugo de Carvalho Ramos (2021), na categoria Prosa. Com a presença do autor, o lançamento está marcado para 13 de abril (quinta), às 19 horas, no LowBrow, em Goiânia.
Os seis contos contidos em Tamarindos estruturam uma única narrativa de ficção expandida, um percurso elaborado a partir de fragmentos interconectados. Segundo Pablo Mahias, de forma orgânica, o conjunto de textos forma um ecossistema nitidamente impactado por decisões tomadas, suas causas e efeitos.
O fio condutor é originário do reino vegetal, guiando leitoras e leitores no acesso às relações humanas e não humanas. Entre os personagens criados por Pablo Mathias, é marcante o protagonismo de um carcará e de uma carpa, além da sutil onipresençade um tamarineiro, elemento fundamental na trama.
“Asnarrativastêmbase na observação da natureza humana e algumas são bem cruas, rústicas até, todas bastante atuais”, comenta ele. Apesar de estrear agora em projeto literário solo, o biólogo Pablo Mathias tem outros contos publicados em duas antologias da negalilu: Antes de agora (2022), produto da Residência Literária da Livraria O Jardim, e Uma santa e dois amantes (2022), Coleção e/ou − vol. 3.
A prosa ficcional deste escritor goiano da nova geração foi duplamente premiada pela Bolsa Hugo de Carvalho Ramos que, em 2021, também concedeu a ele menção honrosa pelo romance Réptil (ainda inédito). Mathias explica que isso só foi possível porque as inscrições ao prêmio são, necessariamente, feitas por meio de pseudônimo. O feito raro foi destacado pelo presidente da seção goiana da União Brasileira de Escritores (UBE-GO), Ademir Luiz, convidado a escrever o texto da orelha do livro.
