Localizada no sul de Goiás, a cidade de Aloândia encanta por sua simplicidade e hospitalidade. Com pouco mais de 2 mil habitantes, segundo estimativas do IBGE, o município preserva suas raízes históricas e mantém um forte vínculo com o estilo de vida pacato e acolhedor do interior goiano.
Origens e História
A fundação de Aloândia está diretamente ligada ao ciclo de desenvolvimento agrícola de Goiás no início do século XX. A região começou a ser habitada por fazendeiros e agricultores que encontraram terras férteis para o cultivo e a criação de gado. Inicialmente chamada de São João, o nome foi posteriormente alterado para Itambé, inspirado nas quedas d’água existentes na região. Mais tarde, adotou-se o nome atual, Aloândia, que significa “saudação à luz”.
O nome atual é uma homenagem ao fundador, Aloísio Pedro de Almeida, que foi um dos responsáveis pela doação de terras para a construção da igreja e das primeiras moradias da cidade. Aloândia foi emancipada politicamente em 1953, tornando-se um município independente. Antes disso, fazia parte de Pontalina, cidade vizinha. Desde sua criação, o município mantém a tradição de pequenos produtores e a forte religiosidade de seus habitantes.
Curiosidades e Causos da Cidade
Como toda cidade do interior, Aloândia tem suas histórias curiosas e causos contados pelos moradores mais antigos. Entre os relatos, um dos mais conhecidos é o da “Vaca Misteriosa”, um animal que, segundo os mais velhos, desaparecia no meio do pasto e só reaparecia depois de dias, sem que ninguém soubesse para onde ia.
Outra história famosa é a de um antigo morador que afirmava ter visto uma “luz misteriosa” nos arredores da cidade. Muitos acreditam que se tratava do fenômeno conhecido como “Mãe do Ouro”, uma luz brilhante que, segundo a cultura popular, indicaria a presença de ouro enterrado.
Lazer e Turismo
Embora seja uma cidade pequena, Aloândia oferece opções de lazer para seus moradores e visitantes. As festas religiosas, especialmente a Festa de São Sebastião, são eventos marcantes que reúnem famílias e visitantes de toda a região. Durante as festividades, há missas, procissões, barraquinhas com comidas típicas e apresentações musicais.
Um dos principais atrativos naturais é a Cachoeira do Itambé, com aproximadamente 60 metros de altura. A cachoeira é ideal para a prática de rapel, devido aos seus pontos de ancoragem firmes e ao visual deslumbrante. Para chegar até a cachoeira, existem duas trilhas: uma de 500 metros, que passa por uma fazenda particular e requer autorização, e outra de 2 km, de acesso público. A entrada é gratuita, mas não há infraestrutura no local, sendo recomendado levar lanches e água.
Infraestrutura e Desenvolvimento
Aloândia possui uma infraestrutura modesta, mas atende às necessidades básicas da população. Conta com escolas municipais, postos de saúde, uma pequena rede de comércio e estradas que ligam a cidade a municípios vizinhos, como Pontalina e Morrinhos.
Nos últimos anos, projetos de pavimentação e melhorias na iluminação pública foram implementados para garantir mais qualidade de vida à população. Além disso, o município tem investido no acesso à internet para facilitar a conectividade dos moradores.
Economia e Sustentabilidade
A economia de Aloândia gira em torno da agropecuária, com destaque para a criação de gado leiteiro e de corte. A cidade também tem forte produção de milho e soja, além de pequenas propriedades que cultivam hortaliças e frutas para abastecer mercados locais.
Nos últimos anos, há um crescente interesse pelo agroturismo e pela agroindústria, com pequenos produtores investindo na produção de derivados do leite, como queijos e doces caseiros, que são comercializados em feiras e mercados da região.
Com um ritmo tranquilo e uma comunidade unida, Aloândia continua sua trajetória de desenvolvimento, sem perder a essência e os valores do interior goiano.
por RG Repórter Goiás – A Identidade dos Municípios
