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Após participar de passeio ciclístico inclusivo, gari com deficiência visual planeja novas aventuras

Rogério Gomes da Silva, de 41 anos, tem deficiência visual e teve experiência reveladora neste domingo (26/02) durante o “Na Bike com Deficiente Visual” e diz querer manter atividade física na sua rotina de vida

Gari com deficiência visual Rogério Gomes participou pela primeira vez de passeio de bike inclusivo e tornou-se fã do esporte; para o futuro, planeja adquirir uma bicicleta e fazer do exercício uma prática rotineira

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O trabalho diário no Viveiro Redenção, a faculdade de pedagogia à noite e a atenção com a família, fazem parte da rotina do servidor Rogério Gomes da Silva, Rogerinho, como é carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Neste domingo (26/02), ele, que tem deficiência visual, redescobriu o prazer de andar de bicicleta durante sua primeira participação no evento Na Bike com Deficiente Visual (NBDV). O servidor conta que decidiu incorporar a bicicleta em sua rotina.

“Foi maravilhoso sentir novamente que faço parte da sociedade”, declarou o gari. As sensações de andar pelas ruas, ouvir o barulho do trânsito e ter contato com as pessoas foram descritas por Rogerinho como revigorantes. O evento inclusivo já é tradicional em Goiânia e acontece uma vez por mês. Contudo, como ele ainda não tinha experiência, o evento, para ele, tornou-se especial.

“Já estou procurando valores de bicicletas e os amigos me convidaram para fazer trilha”, diz, empolgado. Rogério também já garantiu vaga para o próximo NBDV, que acontecerá em março, onde pretende estar acompanhado da filha caçula de 16 anos.

Rogério trabalha na Comurg há 17 anos e nunca pensou em desistir, mesmo diante das dificuldades. No passeio inclusivo usou uma bicicleta Tandem equipada com dois assentos e adaptada para a condução de deficientes visuais. Na frente, o funcionário público e voluntário Mauro Rocha foi o condutor, que além de pilotar a bicicleta, também narrou os lugares pelos quais iam passando. “Eu achava que era só subir e ser carregado, mas tem toda uma técnica e tem que pedalar junto, além de ajudar o colega”, explica Rogério.

O gari reforça que quer participar mais dos eventos, além de engajar a família e os amigos na prática do exercício físico que redescobriu. “Já vou providenciar uma bicicleta para minha filha e depois uma pra eu andar no meu bairro”, planeja.

Passeio ciclístico
Desde 2016, o NBDV realiza passeios ciclísticos inclusivos em locais públicos de Goiânia para que as pessoas que não enxergam, ou têm problemas visuais de natureza grave, possam se ressocializar e viver novas experiências. Os condutores são voluntários e não há custo de inscrição.

Fotos: Luciano Magalhães

Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) – Prefeitura de Goiânia

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